Aumento do ICMS pretendido pelo governo estadual deve acarretar elevação de preços de vários produtos alimentícios
Lideranças empresariais de Carazinho concederam uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (18) sobre o aumento nas alíquotas de ICMS de vários produtos, inclusive de gêneros alimentícios. A partir de 1° de abril deve entrar em vigor essa elevação determinada pelo governo estadual, o que irá provocar um aumento nos preços dos produtos para o consumidor final.
Participaram da coletiva Zani da Costa Santos, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Carazinho, Cassiano Scheibe Vailatti, vice-presidente da área comercial da Associação Comercial e Industrial de Carazinho (Acic), e Leandro Rheinheimer, representante da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) na região.
– Ficamos extremamente preocupados com mais uma medida do governo que desfavorece comerciantes e a população em geral. O aumento de impostos retira competitividade das empresas, que precisam repassar esse aumento e a conta infelizmente acaba sendo paga pelo consumidor final. Nossa preocupação é com todas as pessoas, mas principalmente com aquelas de baixa renda, que já estão com o poder de compra enfraquecido e irão sentir de forma mais significativa os efeitos de mais um aumento de impostos – afirma Rheinheimer.
O objetivo da conversa com a imprensa foi alertar a população sobre o provável cenário de aumento nos preços de alimentos provocados pela elevação da alíquota de ICMS. Para se ter uma ideia, produtos como ovos, verduras, hortaliças e leite pasteurizado, por exemplo, que hoje são isentos, passarão a ter uma alíquota de 12%.
– Este aumento de impostos impacta diretamente as pessoas menos favorecidas. Estamos falando do preço do leite, ovos, pão, que estão presentes na mesa de todos diariamente. As pessoas já estão com o poder de compra reduzido devido aos impostos e agora precisarão dispor de mais dinheiro para manter seus custos de vida básicos. Obviamente, vão ter menos recursos disponíveis para outras despesas. Ou seja, toda a cadeia econômica acaba afetada – comenta Zani da Costa Santos, presidente da CDL Carazinho.
Outros produtos já tributados, como carne, erva-mate, açúcar, arroz, peixe e diferentes tipos de farinhas, por exemplo, terão uma alíquota quase o dobro da atual, passando de 7% para 12%. “Esse assunto transcende nossas entidades. Atinge 11 milhões de gaúchos e esse é o real impacto. Esse tema precisa ser debatido pela opinião pública e entendido pela população, pois é ela que irá pagar a conta. O custo de vida dos gaúchos, a partir de 1° de abril, estará mais caro”, sintetiza Cassiano Vailatti, representante da Acic na reunião.
A Agas e demais entidades gaúchas seguem mobilizadas buscando convencer o governo gaúcho a encontrar outras alternativas para o equilíbrio das contas públicas que não seja o aumento de impostos.
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